quarta-feira, 28 de julho de 2010

O eu meu


Com a noticia da gravidez me vi meio perdida, triste, sozinha com sentimentos que quase ninguém pode entender. Os amigos, a maioria, ficaram tão chocados que nem eu, na verdade acho que não conseguir ficar em choque já que tinha muita coisa pra pensar e me preocupar, não tinha muito tempo pra ficar pensando em como isso aconteceu ou o porque de acontecer comigo... afinal, todo mundo já sabe de onde os bebês vêm.
Admito que com algumas coisas coisas me aborreci, não com a reação... mas com algumas coisas que foram ditas (imagino até o que não é dito para mim) que talvez eles não consigam perceber como pra mim soa diferente.

Mas o pensamento que mais me passa pela cabeça, além da preocupação da reação dos meus pais (que ainda não sabem) é  fato de me sentir sem perspectivas, como se eu não tivesse mais opções ou que elas agora são mais restritas, me sinto horrível de pensar como se estivesse perdendo boa parte da minha vida, onde esperava fazer grandes coisas. Nessa parte, Gustavo tem me dado muito apoio, ele me faz ver de formas diferentes,  ainda teremos um lugar só nosso, ainda viajaremos, aproveitarei a vida, para tudo daremos um jeito. Pensando assim, dá pra encarar de outra forma, mas é difícil enxergar isso agora.

Fico pensando de no inicio morar em um lugar que não é meu... e nem sei por quanto tempo isso vai durar, pra Gustavo é fácil ele vai estar no meio da familia dele, a vontade, livre, já eu não vou sentir nada disso. Sem liberdade e sem privacidade. Realmente espero que isso seja por pouco tempo, mas isso é uma das coisas que mais me deixam mal... o fato de ter que morar junto também por conta da gravidez me faz sentir presa. Não queria esse compromisso agora, e agora preferiria que demorasse muito mais do que sonhava. 
Sempre pensei em que me pedissem a mão e que eu teria o direito de escolher, o sim ou o não, sei que ainda tenho o direito de escolher, mas é como se estivesse intimada a esta solução.

Tem momentos que realmente sinto um espírito materno em mim, mas na maioria é como se esta criança, estivesse me matando por dentro :(

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